Uma dica do Amigão.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Apresentação (daquele jeito)
Quero que esse blog seja como um diário. E assim como um dia nunca é igual ao outro, sei que o que relato de um dia pode ser totalmente diferente e contraditório em relação a outro, e isso tudo sem deixar de ser eu.
E daí!?
Quero o direito de ser contraditória e fútil. Sei também que ninguém vai ler um blog cheio de futilidade, mas a futilidade existe e está ai para quem quiser crer. E eu sou uma simples garota de 19 anos tentando (ainda) criar uma identidade, e envolvida até o pescoço de duvidas, curiosidades e questionamentos. O que mais pode sair disso a não ser repetições e futilidades?!
Peço paciência, assim como tivemos com aquela criança que demorou meses para acertar “M” ou “N” em uma escrita.
E daí!?
Quero o direito de ser contraditória e fútil. Sei também que ninguém vai ler um blog cheio de futilidade, mas a futilidade existe e está ai para quem quiser crer. E eu sou uma simples garota de 19 anos tentando (ainda) criar uma identidade, e envolvida até o pescoço de duvidas, curiosidades e questionamentos. O que mais pode sair disso a não ser repetições e futilidades?!
Peço paciência, assim como tivemos com aquela criança que demorou meses para acertar “M” ou “N” em uma escrita.
Todos estes senhores estavam lá dentro
quando ela entrou completamente nua
Eles tinham bebido e começaram a cuspir nela
Ela não entendia nada acabava de sair do rio
Era uma sereia que havia se extraviado
os insultos corriam sobre sua carne lisa
As imundície cobriu seus peitos de ouro
Ela não sabia chorar por isso não chorava
não sabia se vestir por isso não se vestia
Tatuaram-na com cigarros e com rolhas queimadas
e riram até cair no chão da taberna
Ela não falava porque não sabia falar
Seus olhos eram da cor de amor distante
seus braços construídos de topázios gêmeos
seus lábios se cortaram na luz do coral
E de repente saiu por essa porta
Mal entrou no rio ficou limpa
Reluziu como uma pedra branca na chuva
e sem olhar para trás nadou de novo
nadou até nunca mais, até morrer.
quando ela entrou completamente nua
Eles tinham bebido e começaram a cuspir nela
Ela não entendia nada acabava de sair do rio
Era uma sereia que havia se extraviado
os insultos corriam sobre sua carne lisa
As imundície cobriu seus peitos de ouro
Ela não sabia chorar por isso não chorava
não sabia se vestir por isso não se vestia
Tatuaram-na com cigarros e com rolhas queimadas
e riram até cair no chão da taberna
Ela não falava porque não sabia falar
Seus olhos eram da cor de amor distante
seus braços construídos de topázios gêmeos
seus lábios se cortaram na luz do coral
E de repente saiu por essa porta
Mal entrou no rio ficou limpa
Reluziu como uma pedra branca na chuva
e sem olhar para trás nadou de novo
nadou até nunca mais, até morrer.
Pablo Neruda
1958
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